BE disposto a "entendimento" para maioria de esquerda construída "em torno de soluções"
Mariana Mortágua avisa que, tendo como certo que "não vai haver nenhuma maioria absoluta", uma maioria à esquerda construída com o BE terá de ter a resolução de problemas como farol.
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A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, sublinhou esta segunda-feira a disponibilidade do partido para integrar encontrar um “entendimento” que permita uma maioria de esquerda no Parlamento, mas avisa que só o fará se o objetivo for encontrar soluções.
Para a líder bloquista, está desde já claro que “não vai haver nenhuma maioria absoluta e o país está consciente desse facto”, pelo que os partidos devem ser claros quanto ao que tencionam fazer.
“O Bloco foi transparente desde o primeiro dia. Sim, estamos dispostos a um entendimento para constituir uma maioria na Assembleia da República”, garante, mas sob a condição de que seja construída “em torno de soluções”.
“É uma maioria na Assembleia da República para resolver a crise da habitação e em torno de soluções para a habitação. É uma maioria para resolver a crise dos hospitais e dos médicos de família. É uma maioria para pôr professores na escola, porque há alunos sem professor na escola neste momento. A maioria serve para isso”, avisou numa ação de rua.
De acordo com uma sondagem da Aximage para a TSF, DN e JN divulgada esta segunda-feira, o Bloco de Esquerda desceu quase dois pontos percentuais, em termos de intenção de voto, para os 6,3%.
O conjunto de partidos à esquerda reúne 44,5% das intenções de voto no seu conjunto, com vantagem sobre a direita se o “não é não” ao Chega se mantiver: AD e a IL contabilizam 32,6% das intenções de voto, um valor que sobe para 49% se o partido de André Ventura entrar na equação.
Se o PAN se juntar às contas da esquerda, as intenções de voto alcançam os 47,8%.