Comunistas agendaram para o próximo dia 16 de fevereiro um debate de urgência sobre a precariedade na Administração Pública.
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Depois de António Costa ter anunciado que o relatório que faz o levantamento dos casos de precariedade na Administração Pública será entregue ainda esta semana aos partidos, PCP e Bloco de Esquerda (BE) pedem celeridade na apresentação do documento e de soluções para fazer face aos casos de trabalhadores com vínculos precários.
João Oliveira, líder parlamentar do PCP, espera que a informação chegue "nos próximos dias", sublinhando que mais do que os números do relatório, os comunistas querem que sejam apresentadas soluções.
"Queremos discutir com o Governo não só as questões relacionadas com o levantamento que foi feito, mas também as perspetivas que o Governo possa já ter definidas para resolver o problema", disse o deputado.
Para o PCP, que defende a integração dos precários nos quadros do Estado "até ao mês de outubro", existem "inúmeras formas de contratação precária que têm de ser identificadas com um elemento comum para entrarem nos quadros".
"Esse princípio fundamental de ter um vínculo efetivo para um posto de trabalho permanente é um critério que nos parece decisivo, não só para fazer justiça a esses trabalhadores mas também para dar condições aos serviços públicos para prestar serviços com qualidade", salientou João Oliveira.
Pelo BE, também o líder parlamentar diz que continua à espera do relatório. Pedro Filipe Soares defende soluções rápidas e eficazes para os precários.
"O BE acompanha com muita atenção esta temática e estamos a acompanhar este processo junto do Governo para que, o mais rápido possível, os trabalhadores do Estado com vínculos precários saibam com o que contar, como serão contemplados neste processo e quais as soluções que serão apresentadas", afirmou.