Deputados do Bloco de Esquerda voam até à Madeira para as jornadas parlamentares nos dias 6 e 7 de maio, uma semana antes do arranque da campanha eleitoral na região onde, diz o líder parlamentar, "governa o pior da direita há quase 50 anos". Destaque das jornadas passa pela apresentação do pacote para a habitação.
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O Bloco de Esquerda garante que as jornadas parlamentares na Madeira já "estavam apalavradas" antes da marcação das eleições na região, mas em clima eleitoral a escolha é mais do que óbvia. Para o líder parlamentar, Fabian Figueiredo, esta será uma oportunidade para apontar erros nas políticas da habitação da direita e apresentar um novo pacote de propostas para enfrentar esta crise.
Em declarações à TSF, o deputado sublinha que "a Madeira, onde governa o pior da direita há quase 50 anos, é uma fotografia completa, bastante nítida, do que é que significa a governação da direita na habitação, no ambiente, na qualidade da democracia e na falta de transparência". E são precisamente esses os grandes temas que o Bloco pretende levar para estas jornadas.
"A Madeira tem dos maiores índices do país de nova construção e de novos licenciamentos que são acompanhados por uma alta de preços histórica. Isto mostra que a falácia do 'é preciso construir para aumentar a oferta e baixar os preços' é isso mesmo, uma mentira, e a Madeira prova-o", adianta Fabian Figueiredo notando que "a nova construção vai toda para o segmento de luxo" e que "as pessoas comuns na Madeira têm dificuldade em pagar a casa".
Considerando que "é este o modelo que a direita quer aplicar a todo o país", o Bloco vai pegar nas propostas que defende ("controlo de preços, tetos máximos às rendas, controlo do valor do crédito à habitação e regulação do alojamento local") e voltar a apresentar um pacote de medidas para combater a crise na habitação.
Mas não fica por aqui. "Vamos também apresentar um conjunto de medidas para acelerar a transição climática e mostrar como é que se faz de forma justa", diz o líder parlamentar do Bloco adicionando ainda os temas da "qualidade da democracia e necessidade da transparência e de um combate eficaz à corrupção".