Bloquistas rejeitam "muros de silêncio" e querem apurar responsabilidades após denúncias de "alta corrupção" por parte do presidente da Empordef.
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Depois de ter "forçado" a comissão parlamentar de Defesa a chamar os ex-ministros Aguiar-Branco e Azeredo Lopes, na sequência das acusações do presidente da Empordef sobre "alta corrupção" na gestão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), o BE propôs, esta quarta-feira, a realização de uma auditoria forense às contas da Empordef e dos extintos ENVC.
A iniciativa surge depois de João Pedro Martins, presidente da Empordef - ou seja, a 'holding' que gere as participações do Estado nas empresas de Defesa -, ter revelado , no parlamento, que participou ao Ministério Público as suspeitas de "ilegalidades e irregularidades" na contabilidade, que terão levado a práticas de "alta corrupção" na gestão dos estaleiros.
João Vasconcelos, deputado do BE, disse, no parlamento, que perante o que considera serem as "denuncias gravíssimas"do presidente da Empordef é preciso apurar responsabilidades.
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"O BE irá ouvir os ex-ministros da Defesa e, deixo aqui anunciado, que proporemos a realização de uma auditoria forense às contas da Empordef e ENVC. A luta contra a corrupção não é compatível com muros de silêncio", afirmou o deputado, que acusa PSD e CDS-PP, e também o PS, de quererem "abafar a situação" ao pretenderem "vetar" as audições dos dois antigos ministros da Defesa.
No plenário, o deputado do BE disse ainda que "uma denúncia gravíssima de corrupção tem de ter consequências e a verdade de ser apurada", deixando ainda um recado aos socialistas.
"O PS fica muito longe dos pedidos de transparência e de investigação exigidos por Ana Gomes, e prepara-se para extinguir a Empordef dando cumprimento à vontade de Paulo Portas", disse.