BE pede "postura construtiva" e acusa César de fazer "comentários desajustados"
No dia em que o líder parlamentar do PS acusou o BE de estar a fazer "caça ao voto", Jorge Costa, deputado bloquista, defendeu, na TSF, que a esquerda deve manter "relação de diálogo".
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Jorge Costa rejeita a ideia de "caça ao voto" avançada pelo líder da bancada socialista e garante que, no que diz respeito ao Bloco de Esquerda, a relação com os restantes partidos da esquerda parlamentar será de "diálogo".
Depois de, a propósito das propostas que pretendiam eliminar o adicional no imposto sobre os combustíveis, Carlos César ter acusado , em particular o BE, de andar à procura de votos, o deputado bloquista lamenta as palavras do líder parlamentar do PS e defende que o ideal é que os partidos se contenham nos ataques verbais e mantenham uma "postura construtiva".
"Não é a primeira vez que Carlos César faz comentários desajustados num quadro político que é o de uma solução maioritária em que, ao longo destes três anos, a postura construtiva dos partidos à esquerda do PS viabilizou e permitiria que se mantivesse em funções - e com avanços importantes para a maioria da população - um Governo socialista em minoria", disse Jorge Costa, no programa Política Pura, na TSF.
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Segundo o deputado do BE, que rejeita alongar-se sobre a acusação de Carlos César - que refere que "abriu a época oficial da caça ao voto" -, o ideal para os partidos que, nos últimos anos, têm suportado o Governo liderado por António Costa, é manter o diálogo e refrear as acusações.
"Mantermos entre os vários partidos uma relação de diálogo e de construção conjunta de soluções e de avanços e é o que devemos fazer. Julgo que esse tipo de linguagem não é adequada a esse objetivo", acrescentou o deputado do BE que,
Pelo PCP, o deputado António Filipe defendeu no programa Política Pura que "se há algo que cheira a eleições é o discurso de Carlos César".
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"O PS não se pode queixar quando partidos à sua esquerda discordam de medidas que o PS propõe e também não se pode queixar quando partidos à sua esquerda apresentam propostas", afirmou o deputado comunista, que lembra: "Desde o início da atual solução governativa que se sabe que há matérias em que há divergência e matérias em que há convergência".