No Fórum TSF, Joana Mortágua afirmou que “da oposição à direita poderão nascer grandes debates do futuro e construir alternativas”. Os partidos responderam ao desafio do BE, mostrando-se disponíveis para conversar.
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O Bloco de Esquerda (BE) “esperava e gostava” que o PS, o Livre, o PCP e o PAN aceitasse o convite para reunir, confessou Joana Mortágua esta quarta-feira de manhã no Fórum TSF. Em resposta, os partidos à esquerda mostraram-se disponíveis para reunir.
“Estamos abertos a conversar, depois o resultado dessa conversa dependerá do que for essa conversa. Neste momento, apenas manifestamos a nossa disponibilidade”, afirmou a socialista Alexandra Leitão.
Também a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, reconheceu que “é fundamental que exista um diálogo dentro das forças políticas que atuam dentro do espectro democrático” e, por outro lado, “não é estendendo a passadeira à extrema-direita no país que vamos conseguir assegurar o progresso que o país precisa”.
“Estamos inteiramente disponíveis, quer para conversar com o BE, quer com as demais forças políticas”, garantiu.
O Livre também se junta ao PS e ao PAN para “uma convergência” à esquerda.
“É importante conversarmos e estabelecermos todas as pontes com todos os partidos progressistas, ecologistas, mas também com todos os democratas, porque é nossa obrigação nestes 50 anos do 25 de Abril estabelecermos todas as pontes para que Portugal continue a ser uma democracia”, declarou a deputada Isabel Mendes Lopes.
Já o PCP afirmou esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas, que só teve conhecimento do convite do BE pela comunicação social, mas está disponível para conversar.
Paulo Raimundo anunciou ainda que o partido vai apresentar uma moção de rejeição ao programa de Governo da AD, comprometendo-se a ser "a oposição" à política de direita e a combatê-la "desde o primeiro minuto".
O convite do BE foi feito esta terça-feira. As reuniões ainda não têm data, mas Joana Mortágua considerou, no Fórum TSF, que só “da oposição à direita poderão nascer grandes debates do futuro e construir alternativas”.
