Com o arrastar do processo nos tribunais, Catarina Martins considera que deve ser criada uma "solução política"
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Catarina Martins defende que seja criado um fundo de solidariedade para ajudar as vítimas do surto de legionela que, em 2014, contaminou mais de 400 pessoas e provocou 12 mortes.
"Tem de existir um fundo de solidariedade para estas vítimas", afirmou a coordenadora do Bloco de Esquerda.
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Catarina Martins aponta responsabilidades aos privados, detentores das fábricas que causaram a propagação da bactéria da legionela, que, diz, "devem ser chamados a assumir a sua responsabilidade". "Mas é preciso que haja vontade política para responder a estas pessoas", acrescentou.
"Os familiares das vítimas que faleceram, as pessoas que deixaram de poder trabalhar, quem hoje está dependente de uma garrafa de oxigénio, quem ficou preso a uma cama,... - todas as pessoas que viram a sua saúde, a sua vida, deteriorar-se - não têm resposta nenhuma", criticou a líder bloquista.
Catarina Martins denuncia uma luta entre "forças desiguais" num processo judicial "interminável", com custos "completamente incomportáveis" para as vítimas do surto.
"Estas mais de 400 pessoas que foram contaminadas não têm apoio", declarou a coordenadora do Bloco de Esquerda, depois de se ter reunido com a A Associação de Apoio às Vítimas da 'Legionella', em Vila Franca de Xira. Catarina Martins elogiou o trabalho da associação, pela pressão que tem exercido para que seja reposta à lei que foi alterada durante o Governo liderado por Pedro Passos Coelho.
"Finalmente, parece-nos que estão reunidas todas as condições no parlamento para que sejam repostas as inspeções obrigatórias, para acabar com a ideia da autorregulação que, de facto, só criou problemas", disse Catarina Martins.
O Bloco de Esquerda quer ir ainda "mais longe" na legislação e criar mecanismos de controlo do ar, "que nunca existiram na lei", e programas de prevenção, adiantou Catarina Martins, que considera tratar-se de uma "vitória" das vítimas do surto de legionela.
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