BE quer ouvir com carácter de urgência no Parlamento director-executivo demissionário do SNS e ministra da Saúde
A deputada Isabel Pires considera, na TSF, que há várias questões por esclarecer, "desde logo, como foi possível fazer uma acumulação de funções, aparentemente lucrando 200 mil euros com a prestação de serviços ao SNS, e depois ainda ser nomeado para director desse mesmo SNS, com total confiança" de Ana Paula Martins
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Com carácter de urgência, o Bloco de Esquerda quer chamar à Assembleia da República o director-executivo demissionário do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a ministra da Saúde, "responsável pela nomeação e, portanto, de saber ou não tudo o que estava para trás" na carreira de António Gandra D'Almeida, justifica na TSF a deputada Isabel Pires.
O requerimento que os bloquistas vão fazer chegar ao Parlamento surge após Gandra D'Almeida ter pedido para deixar a Direcção Executiva do SNS, na sequência de uma reportagem da SIC que apontava para irregularidades enquanto era director do INEM no Porto.
Isabel Pires refere que há várias questões para esclarecer: "Desde logo, como foi possível fazer uma acumulação de funções e de vencimentos, aparentemente lucrando cerca de 200 mil euros com a prestação de serviços ao SNS, e depois ainda ser nomeado para director-executivo desse mesmo SNS, com total confiança" de Ana Paula Martins.
O próximo profissional a ocupar esta função deverá ter um perfil técnico, "mas, acima de tudo e em primeiro lugar, ser alguém que não tenha conflitos de interesses".
A ministra da Saúde aceitou o pedido de demissão apresentado na sexta-feira à noite pelo diretor-executivo do SNS, António Gandra D'Almeida, surgido na sequência de uma investigação da estação SIC, que denunciou que o responsável acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas Urgências de Faro e Portimão, referindo que a lei diz que é incompatível.
