No programa Política Pura, Jorge Costa acusa o governo de ser mais papista que o Papa. Pedro Duarte diz que o BE está refém da geringonça.
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Que as previsões não são propriamente uma ciência exata, toda a gente sabe. E que há previsões que agradam mais a uns que a outros, disso também não há dúvidas. O programa de estabilidade, discutido esta semana no Parlamento, não agradou nem à esquerda, nem à direita. No programa Política Pura, Jorge Costa, deputado do Bloco de Esquerda, diz que "a política do bom aluno, que tinha sido abandonada pelo Partido Socialista, volta com este programa de estabilidade". Para o deputado bloquista as metas para o défice significam ir além da troika e impedem a aposta noutro tipo de políticas.
Do lado de lá da barricada, Pedro Duarte, do PSD concorda que o Governo de António Costa está a fazer o mesmo que criticou no Governo anterior, mas não deixa de apontar algumas incoerências ao Bloco de Esquerda e ao PCP, que apoiam o atual executivo. "O Governo não tem uma maioria de apoio no Parlamento", afirma Pedro Duarte.
O CDS já anunciou que quer votar a rejeição do programa de estabilidade, coisa que nenhum partido da maioria quis fazer. Jorge Costa do Bloco de Esquerda considera que a posição do partido é clara e ficou expressa no debate desta semana e que, por isso, não é necessário ir mais longe. Já Pedro Duarte discorda e lembra que, se o documento fosse levado a votos, provavelmente não passaria.