O BE não quer que apenas as grandes metrópoles de Lisboa e Porto sejam abrangidas pela medida de redução do preço dos passes sociais nos transportes públicos.
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O Bloco de Esquerda quer que a redução do preço dos passes sociais chegue a outros municípios onde também existem movimentos pendulares de casa para o trabalho ou de casa para a escola.
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Para exemplificar, Catarina Martins viajou esta quarta-feira de autocarro entre Mafra e Lisboa. Para quem vive neste município o passe custa atualmente 145 euros e pode passar a custar 40 euros. Mas quem vive, por exemplo, no Entroncamento já não é abrangido pela redução de custo.
Na zona de Mafra as alternativas de transporte para a capital são poucas. Na Linha do Oeste foram suprimidos vários comboios e, excetuando a viatura própria, a única hipótese acaba por ser a viagem de autocarro mas o passe social custa 145 euros. Se a isso for somado outro elemento do casal e um filho que esteja a estudar em Lisboa, o preço dos passes torna-se incomportável para a grande maioria dos orçamentos familiares.
A medida inscrita no Orçamento do Estado tem data prevista de entrada em vigor em abril do próximo ano. Mas, na discussão na especialidade do OE, o BE quer que sejam abrangidos todos os municípios que têm transportes públicos diários com as grandes cidades de Lisboa e Porto, ou seja, todos aqueles que, apesar de estarem mais distantes, acabam por funcionar como subúrbios.
A medida é suportada em parte pelos municípios e o Bloco de Esquerda defende que o financiamento (feito através da taxa de carbono) tem margem para ir além dos 90 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado para 2019.