O deputado Jorge Costa diz que a próxima negociação do Quadro Financeiro Plurianual 2021-27 será uma boa altura para perceber se há ganhos "em ter um português à frente do Eurogrupo".
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Depois do tom unânime da crítica à proposta da Comissão Europeia para o período entre 2021 2027, o Bloco de Esquerda espera agora que o ministro das Finanças demonstre "qual é o benefício para Portugal de ter um ministro como Mário Centeno na coordenação do Eurogrupo".
"É, pelo menos, uma boa altura para percebermos o que é que Portugal ganha quando tem um português à frente destas instituições. Faremos o teste do algodão", ironiza o deputado Jorge Costa que classifica a proposta ontem apresentada como "um orçamento Trump, um orçamento europeu que é reflexo da trumpização da política mundial" que chega à Europa com os mesmos traços que os críticos do presidente norte-americano apontam aos Estados Unidos da América:"restrições, Europa-fortaleza, corte nas políticas sociais, militarização e armamento".
Para António Filipe, o governo português "tem obrigação de utilizar os meios ao seu alcance para se opor a este orçamento e para exigir que os tão celebrados princípios de coesão tenham tradução orçamental", caso contrário deve ser ponderado o voto contra de Portugal.
Sobre as críticas ouvidas ao Presidente da República, ministro dos Negócios Estrangeiros e partidos em geral sobre a proposta, o deputado do PCP espera que "não seja daqueles casos em que se diz que se partiu de um mau começo para reclamar mais tarde "pequenas vitórias" sem real significado.
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