"Calendário" de Marcelo contava com novo secretário de Estado esta terça-feira. Espera nome antes de ir para Brasil
Marcelo Rebelo de Sousa diz que "contava" que a nomeação pudesse ocorrer já está terça-feira. Ainda assim, sublinha que Montenegro é "o juiz do tempo" e que não havia uma data combinada
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira esperar "nos próximos dias" a nomeação do novo secretário de Estado, que irá substituir Hernâni Dias.
Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado confessa que contava no seu "calendário" que a substituição acontecesse já esta terça-feira. Ainda assim, reconhece que "não havia nenhum compromisso fechado com o primeiro-ministro", que diz ser "o juiz do tempo".
Marcelo, espera, contudo, que o anúncio possa surgir até ao final da semana, até porque vai estar em visita oficial ao Brasil, à qual se juntará Luís Montenegro. "Espero que seja nos próximos dias, porque eu parto para uma visita ao Brasil no fim de semana, à qual se juntará o primeiro-ministro. Faz sentido que isso aconteça antes de o Presidente e o primeiro-ministro estarem no estrangeiro", defende.
Rejeita, contudo, fazer qualquer tipo de pressão e assegura que cada chefe de Governo "apresenta no seu tempo" e cabe, depois, ao Presidente aceitar ou não a data sugerida para a tomada de posse. "Mas, aceitando, de imediato é fixada a data para a posse", esclarece.
Questionado ainda sobre a corrida a Belém e sobre a lista de candidatos, Marcelo Rebelo de Sousa garante que "não comenta antecessores" e, muito menos, "possíveis sucessores".
"É um princípio básico que eu adotei. Não vou comentar, manifestando preferência ou proximidade em relação àqueles que já se lançaram, àqueles que se vierem a lançar e aqueles que a até termos do prazo se possam vir a candidatar", argumenta.
Já sobre os "reparos" que faz quando promulga alguma lei com reservas, o chefe de Estado nota que os portugueses "já sabem" que essa foi uma "prática" que adotou logo no início do mandato.
"Eu adotei essa prática, que nunca é no momento da promulgação, é na nota que se publica no site da Presidência", ressalva, afirmando que esta é uma forma de transmitir às instituições as "razões de fundo" que levaram àquela decisão.
Justifica tal ato com o facto de, enquanto professor, ter aprendido "que os mais novos são sempre melhores", porque têm outra "imaginação".
"Em relação aos meus antigos alunos, admito que os acho melhores do que o professor, porque ganharam com a experiência do passado e a inovação do futuro", atira.