
Lisboa, 15/09/2017 - Novos colaboradores das manhãs da TSF fotografados esta manhã na Escola Superior de Comunição em Lisboa. Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Carlos Carvalhas, João Cravinho, Bagão Félix, Eduardo Madeira, Ana Bola, Francisco Menezes, Jel e Mariana Cabral Carlos Carvalhas (Jorge Amaral/Global Imagens)
Jorge Amaral/Global Imagens
Na TSF, o antigo líder do PCP defende que "o Governo tem que resolver de imediato" a situação, independentemente de "redes de cumplicidades" ou "rabos-de-palha".
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Carlos Carvalhas disse, no programa Pares da República da TSF, que conhece "alguns documentos que o economista Eugénio Rosa entregou ao Banco de Portugal e ao ministro Vieira da Silva" e não compreende porque ainda não foi retirada a idoneidade a Tomás Correia, recentemente reeleito para a Associação Mutualista Montepio.
"Isto só pode ser explicado com o receio de alguma desestabilização no Montepio. Ou porque há uma rede de cumplicidades, ou há muitos rabos-de-palha, muitos amigos, e ele mantém-se. Mas é inaceitável", critica o antigo secretário-geral do PCP.
Carlos Carvalhas refere como motivos suficientes para o afastamento de Tomás Correia as "acusações de branqueamento de capitais", "uma investigação criminal do crédito concedido a José Guilherme" e "falhas de controlo conhecida".
"Se [Tomás Coreia] não sai pelo próprio pé", deve ser o Governo a "resolver "de imediato" a questão, defende Carvalhas. "Tem que sentar-se à mesa e resolver de imediato. Não pode andar mais umas semanas à espera de uma condenação", afirma Carlos Carvalhas.
No programa Pares da República , também o comentador Francisco Lousã considerou que o Governo tem poderes para tratar deste assunto. "Poderia e deveria. Se o poder é extrapolado para o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, que tem uma de tutela sobre a espécie de associativismo que o mutualismo representa, então devia fazê-lo", defendeu Louçã.
Louçã considera ainda que Tomás Correia deveria perceber que "não deve ser eterno e o seu tempo já chegou".
Tanto Francisco Louçã como Carlos Carvalhas lembram que é preciso garantir a segurança dos depositantes, que "merecem respeito e cujos créditos e operações devem ser muito seguras". "Não deve haver incerteza", defendem.