Carlos César defende "inteligente" Pedro Nuno Santos. PS decide candidato presidencial a 8 de fevereiro
Comissão nacional do PS convocada para 8 de fevereiro. Carlos César não quer deixar PS “em posição de lista de espera" para presidenciais
Corpo do artigo
Apesar das várias críticas, Pedro Nuno Santos ganha um apoio de peso. O presidente do PS, Carlos César, defende o "corajoso" Pedro Nuno Santos das críticas, e garante que o secretário-geral socialista não teve a intenção de ajustar contas com o passado quando admitiu que o PS não fez tudo bem em matéria de imigração.
Carlos César elogiou a atitude de Pedro Nuno Santos, em entrevista à CNN Portugal, uma atitude que considera “inteligente” e “racional”, e garante que “não há nenhum sentido de condenação em relação ao passado”.
Aponta também a quem criticou Pedro Nuno Santos, numa avaliação “perfeitamente deslocada”, apenas pelo secretário-geral socialista ter revelado uma visão contrária “aquela que o seu partido sempre pensou”.
“Fui presidente do governo 16 anos, devo dizer que revoguei dezenas de vezes medidas que eu próprio tomei”, exemplificou, falando também do Governo de António Costa que acabou por dar um passo atrás nos vistos gold ou na atribuição de licenças para o alojamento local.
PS discute presidenciais a 8 de fevereiro. Seguro e Vitorino atentos
Carlos César anunciou também que convocou a Comissão Nacional do PS – o órgão máximo entre congressos - para dia 8 de fevereiro, uma reunião para os socialistas discutirem o candidato a Presidente da República.
Há, nesta altura, dois possíveis candidatos (António Vitorino e António José Seguro), embora nenhum tenha confirmado se avança para a sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa. Certo é que o presidente do PS mostra-se convencido que, na reunião de fevereiro, o partido já vai estar condições para tomar uma decisão, até porque não pode estar “em lista de espera”.
"Nós estamos em presença de dois possíveis candidatos e estamos em presença de uma reflexão que a Comissão Nacional deve fazer. Se ela já estiver em condições de optar por um desses nomes, ou por outro nome qualquer, muito bem. Se não estiver, também definirá, com certeza, um perfil ou um calendário adequado", acrescentou.
Carlos César justifica a reunião para o segundo fim de semana de fevereiro já que, como presidente do PS, “não pode deixar o partido em posição de lista de espera para as eleições presidenciais”.