Carlos Moedas, "promotor imobiliário", almoçou com empresários em "mesas milionárias"
Como seria de prever, muitas das perguntas pós-almoço foram sobre as taxas turísticas, demoras nos licenciamentos urbanísticos ou planos de investimentos para o futuro. Com mais ou menos detalhe, o presidente da câmara-candidato respondeu que "está a meio do projeto", já "fez muito" e quer "fazer mais"
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O convite para almoço num hotel 5 estrelas da capital portuguesa partiu do International Club of Portugal, uma organização que reúne sobretudo empresários nacionais e embaixadores e que só tem incluído na lista de convidados figuras do PSD, PS e Chega. O fundador do clube garante, contudo, que não tem política: "O que for bom para Lisboa, é bom para nós."
Como seria de prever, muitas das perguntas pós-almoço foram sobre as taxas turísticas, demoras nos licenciamentos urbanísticos ou planos de investimentos para o futuro.
Com mais ou menos detalhe, o presidente da câmara-candidato respondeu que "está a meio do projeto", já "fez muito" e quer "fazer mais".
Prometeu, por exemplo, que das 476 taxas que o município de Lisboa cobra, dentro de quatro anos serão metade — portanto 238.
Numa plateia de gente de negócios também houve perguntas mais minuciosas. Da mesa "Brasil", a engenheira Carlota Saldanha questionou o autarca sobre um mistério no bairro de Benfica: "Nos plátanos frente à minha casa há sete tipos de bichinhos que picam. Não posso sequer abrir as janelas dos quartos..."
Nem a engenheira se ficou sem resposta, se bem que não tão rápida quanto porventura gostaria. Carlos Moedas prometeu acionar os serviços fitossanitários da Câmara de Lisboa, mal tenha o nome da rua da queixosa.
O candidato da coligação Por ti, Lisboa também contou que uma das aptidões para o cargo foi ser "promotor imobiliário" e até agradeceu a quem numa das mesas lhe deu trabalho.