Depois de o secretário-geral da UGT ter afirmado ser favorável a um "compromisso entre a coligação e o PS", ao invés de um entendimento com Bloco de Esquerda e PCP, Lucinda Dâmaso diz que Carlos Silva "está bem onde está".
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"O secretariado e a UGT estão, sem dúvida nenhuma, de apoio ao documento (referente à política reivindicativa) que aprovámos, e é em torno desse documento que vamos trabalhar. E quero dizer que, em termos pessoais, Carlos Silva é o homem certo, no lugar certo e no momento certo. Portanto, ele está bem onde está", disse Lucinda Dâmaso, à entrada para a reunião da Concertação Social, em que marca presença Pedro Passos Coelho.
Para a presidente da União Geral de Trabalhadores, as declarações de Carlos Silva, em que defendeu um governo de coligação PSD/CDS-PP, através de um compromisso de governabilidade com o PS, revelam que na central sindical "não há pensamento único", sendo que "cada um de nós pode sem dúvida nenhuma exprimir a sua posição".
Lucinda Dâmaso admite que "dentro da central há duas tendências", mas sublinha que nos "momentos chave une-se bem e sabe aquilo que quer".
O Secretariado Nacional da UGT reuniu e aprovou por unanimidade, na semana passada, o documento referente à política reivindicativa para o próximo ano.
No documento, a central sindical apresenta um conjunto de propostas em matérias como a "evolução dos rendimentos dos portugueses", a "negociação coletiva", as "expetativas quanto ao papel do Estado" ou a "atividade económica.
A UGT convocou uma reunião extraordinária do Secretariado Nacional para o próximo dia 23 de outubro.