Carneiro apontado como o melhor líder para o PS. “Falta de ligação” e “cansaço” explicam derrota socialista
Na sondagem da Pitagórica para TSF e JN, a maioria dos inquiridos defende que deveriam existir mais candidatos à liderança do PS, embora Carneiro surja em vantagem. Maioria considera que inquérito parlamentar à Spinumviva deve esperar pela investigação da PGR
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Vale lembrar que apenas os militantes podem eleger o líder do PS, mas, na véspera da apresentação da candidatura à liderança socialista, José Luís Carneiro surge destacado com saldo positivo nas avaliações desta sondagem, tanto entre quem se assume como votante no PS como entre os inquiridos em geral, como o melhor nome deixando para trás, por exemplo, Sérgio Sousa Pinto ou Fernando Medina que é prejudicado pelas avaliações negativas.
Mas a maioria (58%) defendem que deveriam existir mais candidaturas à liderança socialista.
Cerca de 44% dos inquiridos consideram que se tivesse sido José Luís Carneiro a concorrer nas últimas legislativas o resultado do PS teria sido melhor, 38% esperam um desfecho semelhante e apenas 7% indicam que poderia ser pior.
Entre quem antevê um resultado melhor estão eleitores mais velhos e de classes mais baixas.
Quando são questionados sobre os motivos para o mau resultado do PS, destacam-se respostas como a “falta de ligação de Pedro Nuno Santos com o eleitorado tradicional do PS”, o “cansaço” dos eleitores depois de oito anos de governação socialista e a “falta de propostas mobilizadoras durante a campanha,” a par com a “perceção de má gestão do Governo do PS,” um dos motivos mais invocados pelos mais jovens.
Sobre o caso Spinumviva, 69% consideram que o PS deve aguardar pelos resultados da investigação da Procuradoria Geral da República antes de avançar com uma comissão parlamentar de inquérito à empresa familiar de Luís Montenegro.
Ficha técnica:
Sondagem realizada pela Pitagórica para o Jornal de Notícias e para a TSF com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a atualidade do país. O trabalho de campo decorreu entre os dias 28 e 31 de maio de 2025. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. Foram realizadas 951 tentativas de contacto, para alcançarmos 500 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 52,58%. As 500 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/- 4,47% para um nível de confiança de 95,5%. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.