Carneiro quer "contribuir para a estabilidade política", mas avisa que "primeiro passo" é de Montenegro

O candidato único, para já, à liderança do Partido Socialista, José Luís Carneiro, diz que quer ser um garante de estabilidade política ao país, mas avisa Luís Montenegro que é o Governo que tem de dar o primeiro passo.

"Nós compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada e o Partido Socialista, naquilo que decide pender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país. Foi isso que os cidadãos nos pediram durante o percurso da campanha eleitoral e é esse o compromisso que nós procuramos garantir", disse José Luís Carneiro.

E deixou o tal alerta: "Naturalmente que compete ao Governo, à AD, maioritariamente votada, dar naturalmente o primeiro passo para que esse diálogo se possa encetar."

José Luís Carneiro, da ala moderada do partido, afirma ainda que está disponível para ouvir todos os militantes do partido quando for eleito.

"Garantir a construção de uma solução de unidade na diversidade. Naturalmente há diferentes sensibilidades, formas de pensar diversas sobre o mundo, sobre as opções de política e aquilo que eu garanti aos meus camaradas foi que só quem não quiser não estará nos órgãos de direção", assegurou.

E será uma eleição que, prevê Carlos César, está decidida à partida: "Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro."

O antigo ministro da Administração Interna é, pelo menos para já, o único candidato à liderança socialista e, mesmo que apareçam outros, será o mais forte, já que Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva ou Duarte Cordeiro se colocaram fora da corrida. O presidente do partido, Carlos César, deixa-lhe elogios.

"É uma pessoa que conhece não só profundamente o partido, como a sociedade portuguesa, como as diferentes áreas do poder", enaltece.

As eleições para a sucessão de Pedro Nuno Santos na liderança do PS estão marcadas para os dias 27 e 28 de junho.