Carneiro quer salário médio ao nível europeu e habitação para todos em dez anos. Carlos César pede “união” ao PS
Na moção política, José Luís Carneiro pede um pacto para o futuro, com a visão do país para 2050
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Três dossiers com assinaturas e uma moção política para validar a candidatura. José Luís Carneiro é oficialmente candidato a secretário-geral do PS, já entregou os documentos ao presidente do partido e líder interino, Carlos César. Defende uma política sólida de aumento dos rendimentos e diminuição da carga fiscal para que, em dez anos, o salário médio português seja igual ao salário médio europeu. Também em dez anos, o objetivo é que todas as famílias tenham uma casa condigna.
Apresentar uma candidatura depois do desaire eleitoral, que atirou o PS para terceiro partido parlamentar, “não é uma tarefa fácil nem uma decisão fácil”, admite Carlos César. José Luís Carneiro prepara-se para ser o único candidato e, por isso, líder do PS.
“O PS precisa de se unir, sem prejuízo dessa união, ser fundado num debate profundo e sério sobre o seu papel na sociedade portuguesa”, apelou Carlos César.
De olhos postos, igualmente, nas eleições autárquicas, o próximo ato eleitoral, já com vários candidatos no terreno. Carlos César pede que o partido se afirme como a alternativa à AD, depois do último desaire eleitoral.
“Nós queremos que estas eleições autárquicas representem cumulativamente a demonstração de que, em Portugal, a alternativa à AD é o Partido Socialista e não forças populistas, extremistas ou radicais que minam a sociedade portuguesa”, acrescentou.
Na moção política, José Luís Carneiro pede um pacto para o futuro, com a visão do país para 2025. Defende “uma política sólida de aumento dos rendimentos e diminuição da carga fiscal” para que, em dez anos, “o salário médio português alcance o salário médio europeu”. Na habitação, o objetivo é que todas as famílias tenham uma casa condigna no prazo de dez anos.
O programa não está fechado, está aberto para receber contributos, até porque José Luís Carneiro promete ouvir todos: “Nós procuraremos ir ao seu encontro em todas as federações, em todas as concelhias, em todas as secções e, com os nossos camaradas militantes, ir ao encontro da sociedade civil onde ela estiver no espaço público, procurando com ela construir e aperfeiçoar a nossa proposta política.”
José Luís Carneiro promete, no próximo ano, um debate público alargado, com a sociedade civil, para começar a delinear um programa de Governo, uma espécie de estados gerais do PS, como Pedro Nuno Santos já tinha prometido.