Cascais: Carreiras diz que Pinto Luz esteve "confinado", ex-vice garantiu em 2021 ter estado "sempre no terreno"
No programa Não Alinhados, da TSF, em março de 2021, Miguel Pinto Luz assegurou nunca esteve "verdadeiramente confinado".
Corpo do artigo
O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, disse esta quarta-feira, na sequência das buscas realizadas pela Polícia Judiciária à autarquia, que Miguel Pinto Luz, ex-vice do município e atual ministro das Infraestruturas e Habitação, estaria em confinamento na altura dos acontecimentos sob investigação, mas o agora governante disse em 2021 ter estado "sempre no terreno".
"O que eu posso dizer é que no âmbito daquilo que tenho conhecimento, que me foi apresentado, que eram as buscas que estão a ser realizadas pela Polícia Judiciária aqui na Câmara é sobre o processo das máscaras, é sobre o processo da fábrica das máscaras, e sobre isso eu posso dizer que o único responsável em todo o processo sou eu. Nem sequer o senhor ex-vice-presidente Miguel Pinto Luz teve qualquer participação, nem qualquer dos senhores vereadores, porque na altura estávamos em confinamento. Eles ficaram confinados. Eu não fiquei confinado, não podia estar confinado. Portanto, o único responsável sobre essa matéria sobre", disse esta quarta-feira o presidente da Câmara de Cascais.
No entanto, na estreia no programa da TSF Não Alinhados a 8 de março de 2021, Miguel Pinto Luz assegurou que nunca esteve confinado: "Desde o início da pandemia estive sempre no terreno, portanto, nunca estive verdadeiramente confinado. Um autarca tem de estar sempre no terreno, na primeira linha do combate."
A PJ está a realizar buscas na Câmara Municipal de Cascais, no distrito de Lisboa, relacionadas com a criação da primeira fábrica de máscaras cirúrgicas no concelho no âmbito da pandemia de Covid-19, disse à Lusa fonte da autarquia.
O presidente da Câmara de Cascais encara "de consciência tranquila" as buscas que a Polícia Judiciária (PJ) está esta quarta-feira a fazer na autarquia e em empresas municipais, relacionadas com a criação de uma fábrica de máscaras.
"Nós estamos de consciência tranquila no sentido em que não cometemos nenhuma ilegalidade nesse âmbito. Estamos a colaborar com as autoridades, logo se verá qual o seguimento que vai ser dado", disse Carlos Carreiras aos jornalistas.