Nuno Melo, do CDS, fala numa tática da esquerda para desviar atenções. Pedro Silva Pereira, do PS, numa grave negligência política.
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O caso dos 10 mil milhões de euros que saíram do país para paraísos fiscais, entre 2011 e 2014, sem que o Estado tenha visto um cêntimo, aqueceu o debate politico nacional e o Política Pura da TSF. Nuno Melo acusa a esquerda de estar a recuperar um "assunto requentado que foi publicado em abril de 2016" que já tinha sido notícia o ano passado numa clara "tática para desviar as atenções" da polémica em torno de Mário Centeno.
O eurodeputado centrista diz que quem tem que dar explicações é a Autoridade Tributária, defende que deve ser tudo averiguado e lembra que o CDS já se mostrou disponível para ouvir todos os intervenientes no processo.
O atual Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, e o ex-titular do cargo, Paulo Núncio, já têm audições marcadas no Parlamento para a próxima quarta-feira.
Pedro Silva Pereira não deixa de tirar desde já uma conclusão: "Há aqui uma grave negligência política, disso não tenho dúvidas." O eurodeputado socialista acusa o governo de Passos Coelho de ter interrompido uma prática do Governo de José Sócrates de publicar toda a informação sobre estas transferências para offshores. "Porque é que foi interrompida", questiona Pedro Silva Pereira.
O socialista admite que "possa tratar-se de uma mera falha administrativa e que isso tem que ser apurado" mas lembra que "se houve negligência isso também requer apuramento porque seria gravíssimo", declara no programa da TSF, Política Pura.