A Segurança Social foi um dos temas no debate entre Paulo Portas e Catarina Martins, que passou também pela questão da dívida soberana, pela austeridade e pela crise, sem esquecer os aumentos de impostos e a Grécia.
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O frente-a-frente entre Catarina Martins e Paulo Portas, que teve lugar esta terça-feira na SIC Notícias, começou com uma pergunta, colocada pelos cibernautas: como governariam a sua casa se se vissem sem dinheiro,sem credito e cheios de dívidas.
Foi o ponto de partida para um debate que acabaria por ser mais centrado na Grécia e no estado em que ficou Portugal depois da passagem da Troika, do que a dar a conhecer as propostas concretas quer do Bloco de Esquerda quer da Coligação Portugal à Frente para o futuro do país.
Os primeiros 20 minutos de debate foram ocupados a falar de privatizações e da recessão, que ficou para trás segundo Paulo Portas e que permanece bem presente de acordo com Catarina Martins.
Paulo Portas não conseguiu responder à questão de como é que a coligação pretende fazer cumprir o objetivo do programa eleitoral de criar 190 mil postos de trabalho na próxima legislatura. O número dois da coligação também não explicou em concreto como será feito o corte 600 milhões de euros nas pensões, garantindo apenas que não será feito nas pensões que estão em pagamento.
Por seu turno, a porta-voz do Bloco de Esquerda reconheceu que "o plano da Grécia é mau" e que o país idealizado por Tsipras"não é o modelo do BE".
Já no final do debate, Catarina Martins apontou o aumento do número de deputados do Bloco de Esquerda na Assembleia da República como "uma vitória" nas eleições legislativas.
Em consequência, nas eleições de 04 de outubro "um mau resultado naturalmente será perder representação parlamentar", acrescentou a porta-voz bloquista, lembrando a qualidade da intervenção mas também das propostas alternativas apresentadas pelo deputado João Semedo, na comissão do BPN, e da deputada Mariana Mortágua, na comissão ao BES.
Paulo Portas respondeu que um bom resultado "será dar ao país uma maioria estável". Essa maioria poderá "governar o país em época de recuperação, com crescimento económico, onde as pessoas vão ver realmente o fim da sobretaxa gradualmente, vão ver a reposição dos cortes na Função Pública gradualmente, não haverá nova CES [Contribuição Extraordinária de Solidariedade], a integridade da pensão está garantida e haverá quociente familiar, melhorado e abono de família melhorado", declarou Portas.