Centristas acusam Bloco de Esquerda de ter aberto "a caça ao contribuinte" e de "hipocrisia" ao propor taxar especulação imobiliária depois do "caso Robles".
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O CDS desafia o governo a "clarificar se pretende fazer um Orçamento responsável" ou de "taxas Robles e impostos Mortágua" e acusa o Bloco de Esquerda de "abrir a caça ao contribuinte" ao propor taxar a especulação imobiliária.
João Almeida, porta-voz do partido liderado por Assunção Cristas, considerou, em declarações à TSF, que o que Catarina Martins defendeu este fim de semana se reveste de uma "suprema hipocrisia".
"O Bloco de Esquerda todos os anos por esta altura abre o período de caça ao contribuinte e, portanto, anda a perseguir e a ver que contribuintes é que este ano podem estar no centro do alvo do Bloco de Esquerda. Este ano fá-lo com uma suprema hipocrisia", garantiu o porta-voz centrista, sublinhando que "depois do que aconteceu no verão, esta proposta parece um caso prático daquilo que foi a prática de um dirigente seu".
Para João Almeida, esta é a "altura ideal para os partidos clarificarem posições" e apela ao governo que faça o mesmo em relação às propostas bloquistas.
"O Bloco de Esquerda entende que os proprietários em Portugal são ladrões. O que é preciso saber é se o governo desta vez vai estar a aberto a novos impostos Mortágua, taxas Robles ou seja o que for destas medidas absolutamente demagógicas do Bloco de Esquerda ou vai aproveitar o último Orçamento do Estado da legislatura para apresentar precisamente aquilo que é a sua política orçamental", desafiou o deputado, aconselhando o executivo liderado por António Costa a "não fazer mais uma manta de retalhos para contentar os partidos que o apoiam, apenas para se manter no poder". Uma forma, acrescenta, "de os portugueses poderem saber em quem poderão confiar o seu voto".