
João Almeida
Tiago Petinga/Lusa
João Almeida insiste na "fragilidade" de Centeno. O CDS acusa o governo de construir uma "realidade alternativa" sobre os contactos com António Domingues e insiste em ver SMS.
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"Não há comunicações privadas sobre compromissos em nome de Portugal". O CDS mantém que os deputados da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) devem ter acesso às comunicações entre o Governo e de António Domingues.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do CDS, João Almeida, defendeu que a posição do ministro das Finanças está "fragilizada".
"Os sucessivos votos de confiança do senhor primeiro-ministro são muito mais eloquentes do que qualquer declaração que o CDS pudesse vir fazer", ironizou o centrista.
Questionado sobre o "interesse nacional" invocado pelo Presidente da República para a manutenção em funções de Mário Centeno, João Almeida considerou que quando a restrição daquilo que é a confiança num ministro se limita já ao interesse nacional, é porque tudo o que poderia estar já abaixo do interesse nacional já não é invocável a favor do ministro das Finanças".
O CDS acusa o Governo de estar envolvido "numa penosa sucessão de comunicados" e de "erros de perceção fabricados, erros de perceção inventados, erros de perceção acrescentados, única e exclusivamente para criar uma realidade alternativa" sobre a apresentação de declaração de rendimentos pela administração da Caixa Geral de Depósitos.
"Aquilo que quinta-feira era para o Governo um assassinato vil de caráter justificou uma ida do ministro das Finanças ao primeiro-ministro, uma ida do ministro das Finanças ao Presidente da República, uma conferência de imprensa de explicações ao país e, eis se não quando, o assassinato vil de caráter desapareceu e o que apareceu foi a penosa explicação do senhor ministro das Finanças", afirmou João Almeida.