Centro interpretativo do 25 de Abril vai nascer onde as “G3 acolheram cravos vermelhos”
O centro interpretativo deve abrir em 2026, quando terminaram as comemorações do cinquentenário.
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António Costa descreve o 25 de Abril como “um dia especial e único” e, para que Abril se celebre todos os dias, no ano em que a revolução comemora 50 anos assina-se o acordo para o centro interpretativo do 25 de Abril. Será no espaço do Ministério da Administração Interna, no Terreiro do Paço.
“Entre o Terreiro e a Rua do Arsenal viveu-se, talvez, o momento de maior tensão e mais decisivo para o triunfo de uma revolução, sem derramamento de sangue, e onde rapidamente as G3 deixaram de ter de ser utilizadas para a hipótese de serem disparadas balas, mas para poderem simplesmente acolher no seu cano os cravos vermelhos que se tornaram o símbolo da revolução”, lembrou o primeiro-ministro.
Este é, por isso, um local “simbólico” e “dos foi mais relevante para a operação militar”, de acordo com o primeiro-ministro, que discursou, precisamente, no Ministério da Administração Interna.
O centro interpretativo deve abrir em 2026, quando terminaram as comemorações do cinquentenário 25 de Abril. O Estado cede as instalações e financia o projeto museológico, e o protocolo envolve também a associação 25 de Abril e a câmara municipal de Lisboa.
Para Carlos Moedas, o espaço vai servir para “expor a liberdade que os portugueses conquistaram no 25 de Abril”.
“O horizonte aberto de oportunidades, o dia inteiro e limpo de que falava Sophia de Mello Breyner”, acrescentou.
Vasco Lourenço, da Associação 25 de Abril, quer contar a história da revolução porque “começa a ouvir alguns académicos que tentam ensinar o que fizeram e o porquê” do 25 de Abril.
O objetivo, salienta Vasco Lourenço, é demonstrar “a verdade do que se passou” em 1974.