André Ventura indicou que se PS e PSD “anunciarem já que não vão viabilizar, o Chega avançará para uma comissão potestativa de inquérito aos incêndios”
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O Chega admitiu esta segunda-feira forçar a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a prevenção e combate aos incêndios caso não reúna o acordo de PS e PSD, até porque pretende que comece o mais rapidamente possível.
"Nós vamos procurar antes que as lideranças parlamentares anunciem o sentido de voto em relação à comissão de inquérito. Se houver abertura da parte dos outros partidos, articularemos esse texto e faremos as alterações que os outros partidos entendem que podem ser úteis, se forem aceitáveis, porque não penso que tenhamos que sujeitar o parlamento a uma votação que já sabemos se vai ser ou aprovada ou chumbada”, afirmou o líder do Chega.
Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura indicou que se PS e PSD “anunciarem já que não vão viabilizar, o Chega avançará para uma comissão potestativa de inquérito aos incêndios”, ou seja, de caráter obrigatório, sem necessitar de aprovação em plenário.
O presidente do Chega defendeu também que a comissão parlamentar de inquérito deve avançar o mais rapidamente possível.
“Deve ser feita com firmeza e não deve ser feita para outubro, nem para novembro, nem para dezembro. Deve ser feita agora, mal recomece a sessão legislativa, porque as pessoas ainda sabem e ainda sentem o que foi a descoordenação, a desorganização e o mau trabalho do combate aos incêndios”, sustentou.
O Chega entregou hoje no parlamento uma proposta de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para que o parlamento avalie a prevenção e o combate aos incêndios desde 2017 até agora e investigue os "negócios e interesses económicos que alegadamente prosperam" com os fogos.