Chega critica "teimosia" de Montenegro e diz que há deputados do PSD a defender um acordo
O deputado Pedro Pinto acredita que o líder da AD “meteu-se num beco sem saída".
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O Chega garantiu esta quarta-feira que há deputados do PSD a defender uma coligação entre os partidos para formar um Governo à direita, criticando a “teimosia” de Luís Montenegro.
Durante uma intervenção no Fórum TSF, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, disse que o partido falou “com diversos deputados eleitos para este novo Parlamento e muitos deles dizem que tem de existir um acordo do PSD com o Chega”.
Questionado por nomes sociais-democratas, Pedro Pinto não revelou “por questões éticas”, mas insistiu que “são variadíssimos”.
“Se não fosse a teimosia reiterada do PSD, quer de Luís Montenegro, Hugo Soares, Leitão Amaro ou dos vários deputados, isto resolvia-se", disse, acrescentando que o líder da AD “meteu-se num beco sem saída do ‘não é não’.
“Faltou inteligência política ou se calhar foi mal aconselhado”, concluiu Pedro Pinto.
Contactada pela TSF, fonte oficial do PSD recusa comentar as declarações do líder parlamentar do Chega.
A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).
A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.
Estão ainda por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontece no dia 20 de março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.
