Chega "lamenta situação" e rejeita responsabilidades na agressão a jornalista do Expresso

Rui Manuel Fonseca/Global Imagens
O líder do Chega, André Ventura
O partido afirma que, como convidado, "não é da sua competência definir quem pode estar ou não presente".
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O Chega rejeitou, esta quarta-feira, responsabilidades na agressão ao jornalista do Expresso numa conferência na Universidade Católica, em Lisboa. Em comunicado, o partido de André Ventura lembra que não teve qualquer responsabilidade na organização deste evento e, após a instituição de ensino ter acusado o Chega de "manipulação deliberada das normas de acesso", o partido recusou qualquer responsabilidade, quer na entrada do jornalista no evento quer na sua expulsão.
O partido afirma que, como convidado, "não é da sua competência definir quem pode estar ou não presente" e adianta que a partir do momento em que André Ventura e a comitiva entraram no anfiteatro, "o controlo do evento ficou completamente nas mãos dos anfitriões, sendo os mesmos responsáveis pela acreditação dos presentes e pela definição das regras de quem podia e não podia assistir ao evento".
No mesmo comunicado, o Chega "lamenta a situação" e "repudia, igualmente, qualquer tentativa de condicionamento ou limitação do direito à informação e intimidação de jornalistas".
Na conferência de terça-feira na Universidade Católica foi divulgado que não era permitido recolher imagens. Era a única restrição.
O jornalista do Expresso ainda assistiu aos primeiros minutos da intervenção de André Ventura, mas pelo que dá conta a notícia do semanário, o jornalista foi depois agredido por dois jovens que o expulsaram da sala. Ainda recuperou depois o computador, que lhe foi devolvido por um dos assessores do Chega.