Chega quer imigrantes a descontar durante cinco anos antes de acederem a apoios sociais
Mesmo reconhecendo o saldo positivo das contribuições, André Ventura quer que imigrantes descontem durante cinco anos antes de poderem aceder a apoios sociais. Questionado pela diferença face aos nacionais, Ventura é claro: "Este país ainda é nosso".
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O Chega insiste no endurecer de medidas relativas a imigrantes e apresentou, este sábado, um pacote de medidas que gostaria de levar avante no caso de existir uma maioria de direita saída das eleições. Entre as medidas elencadas, a vontade de que os imigrantes só possam aceder a apoios depois de contribuírem durante cinco anos.
"O Chega defende que os apoios sociais para os imigrantes apenas possam ser pedidos e atribuídos ao fim de 5 anos mínimos de contribuição desses imigrantes em território português. A segurança social faz sentido para apoiar quem precisa, mas exige também que esse quem precisa tenha contribuído para um serviço que não é seu, para um sistema que os contribuintes portugueses pagaram ao longo dos anos", sublinha André Ventura.
Mesmo reconhecendo que as contribuições dos imigrantes deram mais de 1600 milhões de lucro em 2022, esta proposta de André Ventura serve, diz ele, para evitar um "turismo de contribuição social".
Confrontado com a disparidade desta medida face a cidadãos nacionais, André Ventura rebate dizendo que "faz sentido que as regras sejam diferentes". "Este país ainda é nosso, este país ainda nos pertence, este país foi feito por nós, pelos nossos pais e pelos nossos avós", nota o líder do Chega.
Entre as medidas elencadas pelo Chega estão outras já bem conhecidas como a revogação do acordo de mobilidade da CPLP, a criação de quotas para migrantes face a necessidades de mão de obra e ainda a reversão da extinção do SEF. Além disso, Ventura quer que imigrantes que comentam crimes sejam repatriados e que requerentes de asilo, enquanto aguardam decisão, fiquem em Centros de Acolhimento Temporários.