CNE preocupada com votos nulos de emigrantes: "Em algumas mesas há 40% ou mais"
Em declarações à TSF, André Wemans justifica essa percentagem com a ausência do documento de identificação. É impossível prever a que horas vão ser conhecidos os resultados
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Pelo segundo dia, estão a ser contados os votos dos emigrantes que vivem na Europa e fora do espaço europeu. O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), André Wemans, não consegue antecipar em que altura o país ficará a saber os resultados destes círculos eleitorais: "Depende muito dos votos que ainda estão por chegar. (...) Não temos indicação nenhuma", refere, em declarações à TSF.
Mas, de momento, a preocupação de Wemans é o número de votos nulos: "Em algumas mesas há 40% ou mais, noutras é muito menor. A maior parte desses votos nulos têm-nos sido reportados pela ausência de um documento de identificação. Já era um problema que vem das eleições anteriores: em 2024 tivemos 34% de votos nulos. Aumentámos o leque de documentos possíveis de aceitar para acompanhar [o voto], porque sentimos alguma relutância em ser a fotocópia do cartão de cidadão. Agora temos de esperar para ver os resultados finais."
O apuramento dos votos dos emigrantes portugueses, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL), irá eleger dois deputados para o círculo da Europa e dois deputados para o círculo Fora da Europa.
Os votos dos emigrantes decidirão qual será a segunda força política mais votada, PS ou Chega, e que assumirá o lugar de líder do maior partido da oposição.
