Passos Coelho e Paulo Portas sintonizam discursos para vincar a descida do desemprego. O primeiro-ministro diz que a descida do desemprego "não é por acaso". Já o vice-primeiro-ministro aconselhou os jovens a reter do passado que "os socialistas hipotecaram o seu futuro quando fizeram subir a dívida".
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Depois de terem sido recebidos por mais uma manifestação de professores, em Águeda, ao final da tarde, à noite em Albergaria-a-Velha, perante uma plateia de jovens, no Encontro com a Juventude, Passos Coelho e Paulo Portas sintonizaram discursos para vincar a descida do desemprego dos 17,5% em 2013 para os atuais 11,9%.
Para Passos Coelho, um dos motivos da descida do desemprego prende-se com o combate ao abandono escolar, através de medidas como o ensino vocacional. "Muito do abandono escolar do passado gerava desemprego ou emprego de muito baixos salários. Criámos o ensino vocacional, que dão uma oportunidade a quem tem mais de 16 anos e não foi bem-sucedido nos estudos que haviam de conduzir à universidade ou ao ensino superior politécnico a possibilidade de terem um curso, com a parte escolar, mas que possa ter uma garantia de emprego", garante.
Já Paulo Portas quer que o país siga o exemplo do distrito de Aveiro, que tem uma taxa de desemprego inferior à média europeia. Refere que é preciso "criar condições de atração de empresas, atração de investimentos, não perder tempo com ideologias, apresentar uma proposta de valor aos investidores, para que venham para cá e os postos de trabalho sejam criados aqui e não lá fora", argumenta.
A reforçar a ideia, Passos Coelho deseja continuar a criar estímulos para contratar desempregados, apesar das críticas dos socialistas às medidas como os estágios-emprego. O líder da coligação PSD/CDS-PP quer ver António Costa a explicar ao país como vai financiar as medidas que propõe para o combater o desemprego, mas adianta desde já uma hipótese: "as medidas que o PS propõe são financiadas no essencial por receitas da Segurança Social. Nos próximos quatro anos isso poderia representar quase seis mil milhões de euros, pelas contas do Partido Socialista".
Passos e Portas querem jovens com perspetivas de um futuro melhor. Para isso, dizem, é preciso acelerar o processo de renovação das empresas.