
Ação de campanha com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa
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A CDU escolheu o Coliseu de Lisboa para o comício do primeiro dia oficial de campanha. Com sala cheia, Jerónimo de Sousa acusou a coligação PSD/CDS e também o PS de terem planos ocultos.
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O secretário-geral do PCP resumiu este domingo o período de pré-campanha eleitoral para as legislativas afirmando que a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) "diz mata" e o maior partido da oposição, PS, "diz esfola", num grande comício, em Lisboa.
Num Coliseu dos Recreios com perto de 3.000 pessoas, Jerónimo de Sousa, aproveitou para fazer um balanço do que aconteceu até este primeiro dia de 12 dias de campanha oficial, destacando a "injustiça fiscal", o "prolongamento dos cortes de salários e pensões" e o "congelamento geral e desvalorização de salários até 2019" de entre os programas da atual maioria governativa e do partido liderado por António Costa.
"PS, PSD e CDS convergem. Uns dizem mata, com a sua proposta de corte imediato de 600 milhões de euros nas reformas em pagamento, os outros dizem esfola, com a sua medida de redução da Taxa Social Única (TSU) e consequente desvalorização a prazo das reformas e pensões e da universalização da condição de recursos a todas as prestações sociais, que significariam novos cortes nas prestações sociais de mais de mil milhões de euros nos próximos quatro anos", disse.
O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e "Os Verdes") voltou também a criticar os pedidos insistentes de maiorias absolutas de ambos os grandes blocos tradicionais.