Em palcos diferentes, tanto Passos Coelho como Paulo Portas criticaram o líder socialista pelas declarações que fez a propósito do próximo orçamento de Estado.
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Passos Coelho lamentou que o secretário-geral do PS, António Costa, tenha anunciado, em entrevista à Antena 1, que, se for oposição, não viabilizará o próximo Orçamento do Estado, e considerou que António Costa "promete conflitualidade, promete instabilidade".
O presidente do PSD lamentou que essa declaração tenha sido feita no mesmo dia em que houve a melhoria do 'rating' da dívida de Portugal. Passos sublinhou que, segundo a Standard & Poor's, esta sairá da categoria de "lixo" se o caminho seguido nesta legislatura se mantiver.
"Uma agência de notação financeira reconhece que, se continuarmos em Portugal este caminho, sairemos do lixo em que nos colocaram, reconhecendo os méritos de todo o esforço que os portugueses têm feito", afirmou Pedro Passos Coelho, num jantar comício de pré-campanha para as legislativas da coligação PSD/CDS-PP, no pavilhão da Associação Empresarial da Região de Castelo Branco.
Também Paulo Portas criticou a declaração de António Costa sobre o próximo Orçamento de Estado, caso perca as eleições.
No debate que teve esta sexta-feira com Heloísa Apolónia, dos "Verdes", na TVI24, o líder do CDS
considerou essas palavras "um sintoma de radicalismo".
"Acho que esta declaração é uma tentativa de distrair atenções - e, por isso, é que é tão radical - relativamente ao que aconteceu no debate das rádios e que coloca um problema sério ao PS na área da política social e das pensões", afirmou Paulo Portas.
Sublinhando que "o desespero nunca é bom conselheiro" e insistindo que depois do debate de quinta-feira nas rádios António Costa decidiu "radicalizar", o líder do CDS-PP assegurou que nunca dirá que irá votar contra um documento que não conhece e que ainda nem foi apresentado.