As pessoas estão "cansadas das selfies". Marcelo vai ter de mudar num novo mandato, consideram as autoras do livro "Marcelo Presidente todos os dias".
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Popular, sempre de agenda preenchida e muito interventivo tanto na cena política como no contacto com a população, Marcelo Rebelo de Sousa poderá ter de mudar o seu estilo se avançar para um novo mandato.
Assim defendem Felisbela Lopes e Leonete Botelho, autoras do livro "Marcelo - presidente todos os dias", apresentado esta sexta-feira, na véspera do dia em que se assinalam três anos da tomada de posse.
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"Vai ter de introduzir uma nova agenda social (...) e encontrar um outro relacionamento com o Governo, se calhar mais disruptivo. Mas também de "reformatar o seu relacionamento com as pessoas", que começam a ficar "cansadas das selfies" e sobretudo do "excesso de comentário", considera a professora da Universidade do Minho.
Por outro lado, "com Marcelo Rebelo de Sousa nada é por acaso": "Os gestos de afetividade têm um enorme significado político e um grande impacto mediático", lembra Felisbela Lopes.
O presidente pode surpreender pelo gesto ou pela espontaneidade. Essa espontaneidade é construída, "mas nele parece espontânea e se calhar é".
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Sobre os méritos do atual mandato, a jornalista do Público Leonete Botelho destaca o contributo que Marcelo deu para cimentar o conceito de nação num país.
Os Presidentes da República não escrevem programas eleitorais, mas se o fizessem o de Marcelo seria "coser o povo, as elites, o território, o país que estava desagregado e partido."
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E também a diáspora não foi esquecida. Em três anos, o chefe de Estado fez mais de meia centena de deslocações ao estrangeiro, esteve em 32 países diferentes, e realizou, contando com a de Angola, 13 visitas de Estado.
As comemorações do Dia das Comunidades foram sempre assinaladas fora do país e até os três anos de mandato vão ser passado em Angola, opção que o próprio diz ter sido intencional.
Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse no dia 9 de março de 2016, após ter sido eleito nas presidenciais de 24 de janeiro desse ano com 52% dos votos.