Questionado pelo PSD, António Costa afirma que os serviços mínimos decretados em Lisboa e Porto resultaram da proposta da ANTRAM mas podem ser alargados a outras zonas do país.
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Fernando Negrão, líder parlamentar do PSD, invocou o caso do Algarve, muito procurado em tempo de férias da Páscoa, para saber porque os serviços mínimos só foram decretados na Grande Lisboa e no Grande Porto.
Na resposta, António Costa adiantou que os serviços mínimos foram decretados "no âmbito do que tinha sido solicitado pela ANTRAM", a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias.
"Perante notícias de que pode ser necessário estender esta área, o Governo mantém-se em contacto quer com a ANTRAM quer com os sindicatos para alargar o que for necessário alargar", garantiu o primeiro-ministro.
Costa salientou que se trata de um "conflito entre entidades privadas e motoristas" e lembrou que o Estado decretou no dia 11 de abril os serviços mínimos, estando a promover "um esforço de mediação".
No debate quinzenal, Assunção Cristas quis ouvir garantias de que os portugueses terão combustível para viajar nos feriados da Páscoa.
António Costa garantiu que o "o Governo fará tudo para que o conflito seja ultrapassado"
"Promovendo o alarmismo é que promovemos uma corrida injustificada aos postos de combustível, acelerando a pressão sobre a sua capacidade de abastecimento normal", disse o primeiro-ministro.
Questionado ainda por Assunção Cristas sobre quem, no Governo, é o "responsável por gerir esta matéria", Costa assumiu para ele próprio essa tarefa:
"O responsável sou eu, através dos ministros competentes em cada uma das áreas", respondeu o líder do Governo, que, sobre o posicionamento da líder do CDS-PP em matérias como a greve dos enfermeiros, dos coletes amarelos ou dos motoristas, atirou: "Tudo lhe serve para essa ficção de que todos os males do mundo começaram com este Governo".
De acordo com o despacho que declara a situação de alerta para o período compreendido entre o dia 16 de abril e o dia 21 de abril, os serviços mínimos abrangem igualmente 30% das operações no transporte de granel, brancos e gás embalado.
Para garantir as operações abrangidas nestes serviços mínimos, o despacho declara a situação de alerta até às 23:59 do dia 21 de abril para a globalidade do território de Portugal continental.