Concentrado no “essencial”, Montenegro atira um “zero” a Costa nas políticas de habitação
O líder da AD visitou uma residência universitária em Lisboa e recusou responder a questões que fujam "do essencial".
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Açores, Madeira ou possíveis coligações governativas. As perguntas foram várias, mas Luís Montenegro recusou responder a qualquer questão que fugisse ao tema central da iniciativa da Aliança Democrática: a visita a uma nova residência para estudantes junto à Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa.
O “essencial” para Luís Montenegro é encontrar soluções para “melhorar a vida dos portugueses” e, numa altura em que “se inicia a fase final da campanha eleitoral”, o líder da AD “quer que os portugueses saibam” quais são as propostas que apresenta ao país.
“Estou concentrado em dizer aos portugueses que podem confiar na AD para resolver os seus problemas mais prementes. Hoje, aqui, dedicado à habitação. Noutras ocasiões, dedicado à saúde ou às escolas”, atirou.
E no que toca às políticas de habitação, o alvo de Luís Montenegro estava definido à partida: “O Governo falhou aos jovens estudantes portugueses nos últimos anos”.
As políticas de habitação do Governo socialista, acrescentou Luís Montenegro, ficaram apenas “pelas palavras”. “Depois de ter apresentado a pretensão de duplicar a capacidade de alojamento estudantil há cinco anos, no que diz respeito a ação direta do governo, o resultado foi zero”, acusou.
A residência universitária tem capacidade para 320 estudantes e deverá ficar disponível ainda em fevereiro. A obra tem um custo de 11 milhões de euros suportado pela Câmara Municipal de Lisboa.
“Felizmente que o país não está apenas nas mãos dos governos centrais e há também a administração local que têm instrumentos e competências. Às vezes, como é o caso de Lisboa, têm vontade política forte”, disse o líder da AD, com presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, ao seu lado.
A AD já apresentou um pacote de medidas para a habitação, como a isenção de IMT e imposto de selo ou uma garantia pública para viabilizar o financiamento bancário a 100% na aquisição da primeira habitação, no que Luís Montenegro considera ser “um pacote ambicioso”.
“Podemos estimular que muitas famílias ultrapassem essa dificuldade ou no pagamento de rendas ou na aquisição de imóveis”, destacou.