Com a Economia de novo como tema central, os conselheiros estiveram reunidos menos de três horas e contaram com a presença do diretor-geral da Organização Mundial de Comércio, Roberto Azevêdo.
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Centrado nos desafios do comércio internacional, o debate de ideias entre os conselheiros foi, nas palavras do diretor-geral da Organização Mundial de Comércio "de alto nível e abrangente". Falou-se sobretudo, diz Roberto Azevêdo, "das grandes tendências, tensões sociais no interior dos países" e desafios para Portugal, como as questões do desemprego e a qualificação da mão-de-obra.
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Durante as cerca de duas horas e meia de reunião, falou-se de processos eleitorais recentes e futuros em vários países e da recente eleição de Donald Trump. Sem referir as consequências do Brexit, mas questionado sobre as ameaças de protecionismo da administração norte-americana, Roberto Azevêdo considera que é preciso esperar para ver, sublinhando sentir "necessidade de maior clareza em termos de política comercial" por parte da Casa Branca. Assunto que a nota escrita de Belém nem chega a referir.
Num curto comunicado de dois parágrafos, a Presidência da República limita-se a confirmar a discussão sobre comércio e o desafio da criação de emprego. Numa das mais curtas reuniões do Conselho de Estado dos últimos tempos, o quinto desde que Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse, voltou a falar-se, como nos quatro restantes, de Economia.
No primeiro Conselho de Estado após a morte de Mário Soares, dos atuais 18 membros, estiveram ausentes na reunião 4 conselheiros: Cavaco Silva, por motivos de doença, os presidentes dos governos regionais dos Açores e Madeira, Vasco Cordeiro e Miguel Albuquerque, ambos a participar em reuniões de trabalho em Bruxelas, além de Leonor Beleza, por receber a presidente do Chile esta sexta-feira de manhã na Fundação Champalimaud. Precisamente por estarem com Michelle Bachelet na Assembleia da República, Ferro Rodrigues e Carlos César foram os últimos a entrar na reunião, já depois das dez e meia da manhã.