Conselho estratégico do PS arranca com ensino superior na agenda. Santos Silva elogia postura de Carneiro
O conselho estratégico do PS conta com nomes como António Vitorino, Fernando Medina ou Eduardo Ferro Rodrigues
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O Conselho Estratégico do PS, indicado por José Luís Carneiro, tem, nesta quinta-feira, a primeira reunião. Os 75 membros do órgão vão discutir o ensino superior, depois da queda recorde no número de candidatos, mas também de olhos postos na extinção da Fundação para a Ciência e a Tecnologia anunciada pelo Governo em agosto.
Em declarações à TSF, o presidente do conselho estratégico, Augusto Santos Silva, lamenta que o Governo esteja a tomar decisões sem ouvir a comunidade científica. O PS quer fazer diferente: “É necessário conduzir esse debate.”
O antigo ministro, que também foi presidente da Assembleia da República, nota que o conselho estratégico está focado em apresentar propostas e algumas vão ser conhecidas ainda esta quinta-feira - o foco do Conselho Estratégico está nas policies, portanto, nas políticas públicas concretas, ao passo que outros órgãos do PS tratam da politics, isto é, da ação política direta - no entanto, Augusto Santos Silva não recusa comentar a atualidade política.
Quanto ao Orçamento do Estado, coloca-se ao lado de José Luís Carneiro, entende que tem de ser o Governo a definir o parceiro preferencial para a viabilização do documento: “PS tem sido campeão dos pedidos para o compromisso democrático.”
“O PS, desde o início do mandato do atual secretário-geral, não tem feito outra coisa que não seja predispor-se a encontrar as soluções de que o país precisa, soluções moderadas, soluções construídas ao centro, soluções que também exprimem e resultem de acordos entre as forças democráticas moderadas do país. A AD tem preferido namorar o Chega em matérias tão críticas e decisivas. Vamos ver o que é que o Governo quer fazer agora”, atira.
O conselho estratégico do PS conta com nomes como António Vitorino, Fernando Medina ou Eduardo Ferro Rodrigues. Pertence também ao órgão o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, que esteve envolvido numa polémica com o ministro da Educação pela alegada pressão para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima.