
Coimbra , 23/01/18 - Reportagem no Hotel D. Luís esta manhã durante as jornadas parlamentar do PS Na Foto : Pedro Delgado Alves ( Fernando Fontes / Global Imagens )
Fernando Fontes / Global Imagens
Pedro Delgado Alves, deputado socialista, diz que o PS vai "retirar ilações" do debate e da votação. Entende que é "prematuro" antecipar resultados.
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"Da reunião de hoje, verificou-se um consenso muito alargado, quase uniforme. Obviamente, sabemos que há posições que podem ser em sentido divergente. Mas não estivemos a fazer contas", disse, no final da reunião do grupo parlamentar, Pedro Delgado Alves.
Em declarações aos jornalistas, o deputado do PS defendeu ainda que é "prematuro" antecipar o resultado da votação dos diplomas de PS, PEV, PAN e BE sobre morte medicamente assistida.
"É prematuro antecipar qualquer resultado em relação à votação de terça-feira", disse, salientando ainda que - depois do anúncio do voto contra por parte das bancadas de CDS-PP e PCP - o resultado final depende, em grande medida, do modo como irá votar cada deputado do PS e do PSD, já que se trata de uma votação nominal, ou seja, deputado a deputado. "Em particular no PSD, existe uma tomada de posição de muitos deputados e deputadas a favor do tema. Como é sabido, o presidente do PSD é a favor e, portanto, se fosse deputado, acompanharia algumas das iniciativas", assinalou o socialista.
O deputado do PS garantiu ainda que a votação a generalidade, o dia 29 de maio, irá, qualquer que seja o resultado, levar a uma reflexão por parte dos socialistas: "Da votação e do debate que tiver lugar retiraremos as ilações", disse.
Pedro Delgado Alves afirmou ainda que, em princípio, os quatro diplomas que vão ser discutidos não estão feridos de qualquer tipo de inconstitucionalidade.
"Na nossa perspetiva, parece-nos que não", considerou o deputado, que admitiu, no entanto, que "todas as instituições da República têm a possibilidade de intervir, se for caso disso".