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Jerónimo de Sousa defendeu ainda o aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros.
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No Couço, uma histórica freguesia da CDU, no distrito de Santarém, Jerónimo de Sousa, referiu a necessidade de cobrar as dívidas à Segurança Social que ascendem a mais de quatro mil milhões de euros. Só assim é possível implementar medidas que assegurem o direito à reforma sem penalizações para as longas carreiras contributivas.
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Nesta freguesia do concelho de Coruche, o líder do PCP falou diretamente para as mulheres, como símbolo da luta contra o fascismo.
Está na história. Foram elas, as que Jerónimo de Sousa descreveu como "as do rosto de vida difícil, de salários magros e de reformas baixas", as mulheres de Couço que resistiram quando a ditadura quis roubar-lhes a dignidade.
E a elas Jerónimo de Sousa, líder do PCP, garantiu que a CDU vai lutar para que o caminho da reposição de direitos não seja interrompido, depois de anos de política de direita que, no seu entender, penalizaram os mais velhos.
"Os pensionistas e idosos foram penalizados com os cortes no SNS, com o aumento das taxas moderadoras, ou com a lei das rendas, que levou ao despejo de idosos e ao aumento das rendas que, em alguns casos, chegou aos 300 euros".
O aumento de dez euros nas reformas, mérito que o PCP chama a si, é ainda limitado para quem trabalhou e descontou 40 anos. E se falta dinheiro: Jerónimo de Sousa tem o plano sobre o bolso ao qual o governo pode ir busca-lo.
"Contratem mais trabalhadores para a Segurança Social para cobrar dívidas que ascendem a mais de quatro mil milhões de euros, diversifiquem as fontes de financiamento pondo a pagar aqueles que, apesar dos seus elevadíssimos lucros, escapam pelos intervalos da chuva, aumentem o salário mínimo nacional para 600 euros e aí terão mais 150 milhões de euros em contribuições para dar mais apoio social".
Alertas deixados por Jerónimo de Sousa, na freguesia do Couço, em Santarém, onde no entanto reconheceu que estava "a ensinar a missa ao padre".