Ficou curto. Os participantes na iniciativa do Movimento Compromisso Democrático não conseguiram unir o Parlamento às sedes nacionais dos três partidos. Apesar disso a organização fala em "objetivo cumprido".
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A organização quis apelar a um compromisso de governo entre PSD, CDS-PP e PS, e fala em "objetivo cumprido" ao passar uma "mensagem de moderação" mas o número de participantes não chegou para cumprir o objetivo de fazer um cordão humano que ligasse a Assembleia da República às sedes nacionais dos três partidos, mas Tomás Almeida, porta-voz do Movimento Compromisso Democrático, diz-se satisfeito com o passar de uma "mensagem de união que não foi defraudada".
"O primeiro objetivo, que era unir pessoas em torno desta causa, da causa da sociedade civil, e de que não nos revemos neste clima de crispação entre partidos e entre pessoas, esse objetivo está a ser cumprido", acrescentou.
A iniciativa, junto ao parlamento e nas várias sedes, foi promovida por um grupo de cidadãos "sem qualquer ligação partidária" e que já tinha reunido com os grupos parlamentares de PS, PSD e CDS-PP, a quem entregou um manifesto para pedir um "compromisso" entrre os três partidos.
Apesar dos sinais que dão conta de uma evolução positiva das conversas entre PS, PCP e BE, o porta-voz do Movimento considera que o compromisso entre os três partidos ainda é possível: "Achamos que em democracia há sempre tempo para convergência".
Tomás Almeida garante ainda que não se tratou de um protesto contra Bloco de Esquerda e Partido Comunista, mas antes uma iniciativa a "favor de um entendimento" entre o socialistas e a coligação PSD/CDS-PP.
"PCP e BE estão a cumprir as funções deles. São partidos que, neste processo, se têm sabido fazer ouvir, portanto, desde logo, um elogio ao papel desses partidos", adianta.
De acordo com a organização, cerca de mil pessoas aderiram ao cordão humano proposto pelo Movimento Compromisso Democrático.