Corrida às autarquias: "ambição" para liderar "mais" câmaras e freguesias. Chega quer "terramoto político", PCP descredibiliza
A um mês das eleições autárquicas, que se vão realizar a 12 de outubro, os partidos políticos traçam objetivos e apresentam listas para conquistar um eleitorado "inteligente"
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O objetivo é vencer "mais" câmaras municipais e juntas de freguesia, sem pensar no que aconteceu nas legislativas — em que a direita derrotou a esquerda. Os partidos políticos querem festejar vitórias a 12 de outubro, mesmo que para isso estejam agora a "apresentar listas só por apresentar". Estas foram as conclusões do debate no Fórum TSF desta sexta-feira.
O Partido Socialista (PS) tem a "ambição de continuar a liderar o maior número de câmaras e o maior número de juntas de freguesia" e, assim, manter-se à frente das associações que representam estas entidades. É o desejo expresso pelo coordenador autárquico do PS, André Rijo, no Fórum TSF.
Focado nesta meta, o responsável apela aos eleitores que concentrem os votos no PS, com a promessa de "não dar os braços à extrema-direita populista em Portugal".
Por sua vez, o coordenador autárquico do PSD, Pedro Alves, critica aqueles que "apresentam listas só por apresentar, para dizer de uma forma um bocadinho académica de que estão em todo o lado" e, para tal, escolhem políticos que "nem são" do "território" a que concorrem.
Contudo, acredita que os eleitores são "suficientemente inteligentes" para votar em pessoas "que tenham conhecimento ao nível da proximidade, que sejam das suas comunidades, que conheçam bem o seu território e [responder aos] seus problemas".
Já o PCP é a terceira força autárquica no país e os comunistas confiam que o trabalho realizado vai ser reconhecido na próxima ida às urnas. Jorge Cordeiro, da comissão política do partido, sublinhou também que o resultado do Chega nas últimas legislativas não vai repetir-se a nível local, porque é uma eleição diferente e sem "nenhuma" relação "direta".
Por falar em Chega, ao tomar a palavra no Fórum TSF, a força liderada por André Ventura crê que pode causar um "terramoto político" na noite de dia 12 de outubro: "As coisas vão mudar." Até porque está a ser feita "uma grande aposta" para que isso aconteça, segundo o deputado Bruno Nunes, que também é candidato em Loures.
O CDS governa seis câmaras municipais sozinho e outras tantas em coligação. E o secretário-geral do partido, Pedro Morais Soares, está "convicto" que virá "mais": "mais presidentes de câmara, mais vereadores, mais juntas de freguesia, mais presidentes de assembleia municipal. Iremos certamente consegui-lo."
A representar as candidaturas à margem dos partidos, está João Campolargo, presidente da Associação Nacional dos Movimentos Autárquicos Independentes e presidente da Câmara de Ílhavo. Nas suas palavras, o objetivo também está traçado: aumentar a votação.

