A decisão terá sido tomada antes mesmo de ser ouvido no âmbito do inquérito judicial.
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O presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, decidiu renunciar ao cargo, avança o semanário Expresso, que conta que a renúncia acontece antes de Pedro Calado ser ouvido no âmbito do inquérito judicial. O autarca e os outros dois detidos, os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia, começaram a ser ouvidos, este sábado no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, mas as inquirições podem prolongar-se. Só no final vão ser conhecidas as medidas de coação.
A notícia foi entretanto confirmada por Paulo Sá e Cunha, o advogado do autarca.
"Vai renunciar, sim, porque entendeu que era a conduta adequada face às circunstâncias que está a atravessar. Não é manobra absolutamente nenhuma. Entendeu que, nas atuais circunstâncias, deveria renunciar ao cargo público que desempenha, só isso", argumentou Paulo Sá e Cunha.
Entretanto a CNN Portugal revelou este sábado que a Polícia Judiciária terá encontrado 20 mil euros na casa de Pedro Calado e outros dez mil na casa da mãe, que pode vir a ser constituída arguida. Além destes 30 mil euros também é desconhecida a origem de outros 67 mil em depósitos em numerário feitos em contas do presidente da Câmara do Funchal.
Em causa neste processo estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências.