
epa06913368 Portuguese Prime-Minister Antonio Costa (R), greets French President Emmanuel Macron (L) on arrival to Calouste Gulbenkian Foundation in Lisbon, Portugal, 27 July 2018. Macron is on a one-day visit to Portugal with the purpose of signing a deal about electric energy interconnections between the Iberian Peninsula and the rest of Europe. EPA/JOSE SENA GOULAO
José Sena Goulão/EPA
Acompanhado pelo presidente francês, num encontro com os cidadãos, o primeiro-ministro defendeu que a Europa só pode cumprir crescentes responsabilidades se possuir meios orçamentais compatíveis.
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António Costa assumiu esta posição na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, numa conferência sobre o futuro da Europa, intitulada "Encontro com os cidadãos", com a participação do Presidente da República de França, Emmanuel Macron, que começou com mais de meia hora de atraso.
Na sua intervenção inicial, com cerca de sete minutos, o líder do executivo nacional falou das "angústias" e "medos" manifestados por cidadãos europeus em relação a fenómenos como o terrorismo, a ameaça ao modelo social em consequência da globalização ou da digitalização.
Depois, António Costa deixou uma crítica à resposta preconizada pela corrente liberal, que tem colocado entraves à expansão de uma política orçamental europeia.
"A Europa não pode querer ter mais defesa, mais segurança interna e inovação com menos recursos. A resposta que temos a dar aos liberais é que, se queremos cumprir aquilo que prometemos aos europeus, temos de pôr no orçamento da Europa aquilo de que a Europa necessita", defendeu o primeiro-ministro, antes de deixar um novo recado a alguns Estados-membros da zona euro.
"Não há moeda única sem capacidade orçamental comum", sustentou António Costa, tendo ao seu lado o chefe de Estado francês.