O primeiro-ministro diz que está tranquilo com a reação dos mercados à política económica do seu Governo e afirmou estar confiante num acordo com a União Europeia sobre o Orçamento do Estado para 2016.
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No final da visita a Cabo verde e confrontado com o relatório negativo do Commerzbank sobre as perspetivas da economia portuguesa, António Costa referiu que ainda, esta quarta-feira, Portugal fez mais uma colocação de dívida, que teve uma procura que foi o dobro face à dívida colocada e que nas duas teve taxas de juro negativas.
"Mais do que especular sobre o que vai acontecer, procuro centrar-me naquilo que acontece. Na semana passada, os mercados reagiram com total normalidade à situação das finanças públicas portuguesas e hoje também - e aliás há boas razões para isso, porque Portugal tem uma opção política muito clara, que é virar a página da austeridade, cumprindo os compromissos nacionais de forma responsável, gradual e serena", declarou o líder do executivo.
O primeiro-ministro sustentou ainda que "no projeto de Orçamento que esta semana entregaremos na Comissão Europeia deixaremos isso muito claro. Que não haja confusões entre o cumprimento dos nossos compromissos eleitorais e o cumprimento dos nossos compromissos internacionais, porque cumpriremos uns e outros".
Interrogado se há uma disparidade entre as estimativas de receitas e despesas entre Bruxelas e o Governo português, António Costa recusou essa perspetiva, alegando que não estão a haver exigências da parte das instâncias europeias e que o trabalho negocial decorre "de forma franca e cordial".