Primeiro-ministro entende que o Orçamento é "tão bom" que a oposição lhe chamou "eleitoralista".
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O último Orçamento do Estado da atual legislatura foi, esta terça-feira, aprovado na generalidade. Os partidos de esquerda e o PAN votaram a favor da aprovação, enquanto o PSD e CDS votaram contra a mesma. Após a votação, e já fora do plenário, António Costa quebrou o silêncio dos últimos dois dias, apontando a aprovação do documento como "um passo importante".
Segundo o primeiro-ministro, a sua aprovação vai permitir "continuar a melhorar a vida dos portugueses e os seus rendimentos." Também no que diz respeito às empresas Costa vê vantagens, nomeadamente para que as mesmas possam "investir, continuar a criar riqueza e a gerar emprego". Quanto aos serviços públicos, o primeiro-ministro entende que este Orçamento permite "continuar a melhorar" a sua qualidade e a "recuperar o muito que o país perdeu" em termos de investimento público.
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"É um Orçamento que ajudará a reforçar a confiança e que só é possível graças à estabilidade política assegurada nos últimos três anos e que, seguramente, asseguraremos até ao final da legislatura", acredita António Costa.
Durante o plenário desta tarde, o CDS acusou o primeiro-ministro de fugir ao debate e fingir que nada tem a ver com o conteúdo do documento. Em resposta, António Costa garantiu que não só não fugiu como até tinha bons motivos para dar a cara pelo Orçamento.
"Mas quem é que foge à apresentação de um Orçamento que, aliás, a própria oposição tem de reconhecer que é tão bom que até lhe chama eleitoralista?", questionou António Costa.
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O primeiro-ministro entende que os partidos que viabilizaram o Governo "defenderam este Orçamento e a sua melhoria", enquanto o PSD e o CDS "revelaram um autêntico desnorte em relação ao que tinham a dizer" acerca do documento.
"Tanto criticaram este Orçamento por ser despesista, como o criticaram por não ter despesa suficiente. Tanto criticaram este Orçamento por ter receita a mais, como não foram capazes de apresentar uma única proposta para ter receita a menos", atirou o primeiro-ministro, acrescentado que "o que sai deste Orçamento é que a oposição, infelizmente, não apresenta qualquer alternativa credível. É pena."
Sobre a discussão do documento na especialidade, António Costa mostrou-se otimista. "Temos bons motivos para partir agora para o debate do Orçamento na especialidade com a mesma vontade construtiva que sempre tivemos de melhorar a proposta, para que continue a ser um Orçamento que permita mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade", declarou o primeiro-ministro.