António Costa reitera "total disponibilidade" para colaborar com a justiça.
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No dia em que despiu o fato de primeiro-ministro, ao fim de oito anos, António Costa lembra que ainda não foi ouvido sobre o caso judicial que deitou abaixo o seu Governo de maioria absoluta, e revela que deu instruções ao advogado para peça a sua audição, junto do Ministério Público.
O requerimento será entregue ao coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, onde está o processo de António Costa, com base na Operação Influencer, que quer ser ouvido “com a maior celeridade possível”.
“Não há nada pior que haver uma suspeita e ela não estar esclarecida”, atirou, à saída da cerimónia de tomada de posse do novo Governo, no Palácio da Ajuda.
O antigo primeiro-ministro reforça que está “sempre disponível para servir os portugueses”, mas só depois de resolvido o processo judicial.
Aos jornalistas, começou por desejar “as maiores felicidades” a Luís Montenegro, notando que “a transição de pastas decorreu da melhor forma” o que “valoriza a democracia”. Quanto ao discurso de Luís Montenegro, considera que “foi bom e claro”, mas “não é o seu programa”.
“Foi o programa em que os portugueses votaram”, lembrou.
António Costa “está grato aos portugueses” pelos oito anos como primeiro-ministro, deixando um agradecimento à família, em especial à sua mulher, Fernanda Tadeu, mas também aos ministros que o acompanharam nos três governos.