O primeiro ministro diz que se amanhã não houver uma solução negociada terá que ser encontrada "outra" para retirar os contentores do Porto de Lisboa. Apelida a situação atual de "insustentável".
Corpo do artigo
António Costa diz que a greve dos estivadores "prejudica toda a economia nacional" e cita as queixas ouvidas, na Exposição da Pedra, em Veneza, de industriais portugueses que "recorrem ao Porto de Valência para poderem exportar".
"É uma situação insustentável. Amanhã haverá um grande esforço negocial, ao longo de todo o dia, se não houver uma solução negociada terá que haver outra para permitir a retirada dos contentores", disse o PM sem detalhar qual o caminho que o governo tenciona seguir.
Depois da longa reunião de cerca de 4 horas, que assinalou os seis meses do governo, António Costa sublinhou que "ninguém esperou tempos fáceis" mas considerou também que "uma oposição cujo sucesso depende do fracasso alheio" não merece "grande apreço".
O PM remeteu para o debate quinzenal de amanhã, a resposta às críticas de Pedro Passos Coelho sobre o "insuficiente" crescimento da economia.
Sobre as críticas que tanto o PSD como o CDS deixaram aos primeiros seis meses do executivo, Costa ironizou: "mesmo um otimista não espera elogios da parte da oposição".
O chefe do governo repetiu ainda que considera "injustas" eventuais sanções que a Comissão Europeia venha a aplicar a Portugal pelo incumprimento da meta do défice em 2015.