Costa vê com bons olhos adiamento do Brexit e espera que o Reino Unido não saia da UE
Quanto às limitações do Artigo 50.º, que prevê um prazo de dois anos para a negociação da saída de um Estado-membro do bloco europeu, António Costa defende que um processo desta envergadura não pode ser prisioneiro do calendário.
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O primeiro-ministro de Portugal disse, em entrevista à RTP, que encara de forma "muito positiva" a possibilidade de adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia para 2021.
"Encaro de uma forma positiva que é a visão de que se não é possível resolver em duas semanas demos oportunidade para resolver em mais cedo."
António Costa sublinhou ainda que espera que o Brexit não chegue a acontecer: "Não vamos desistir de criar condições para que ou não haja Brexit ou a haver um Brexit ele se desenvolva de uma forma regulada, articulada, planeada e não de uma forma caótica como estava à beira de acontecer. Tudo o que se possa fazer para evitar um Brexit caótico acho que é desejável e saudável."
Quanto às limitações do Artigo 50.º, que prevê um prazo de dois anos para a negociação da saída de um Estado-membro do bloco europeu, António Costa defende que um processo desta envergadura não pode ser prisioneiro do calendário.
"Tenho a certeza que quem redigiu o artigo 50 redigiu com o pressuposto que ele nunca seria aplicado e, portanto, na primeira vez em que foi testada a sua aplicação verificou-se que os processos de saída são bastante mais complexos do que aquilo que se podia imaginar na ingenuidade da redação do artigo 50."