Cotrim de Figueiredo rejeita “voltar a lugar onde foi feliz”. Candidatura em Bruxelas “não era algo que desejasse”
O antigo presidente da Iniciativa Liberal, em entrevista à TSF, justifica o resultado das europeias com a fraca concorrência
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É um dos rostos da Iniciativa Liberal (IL) e traz no bolso três das principais vitórias da Iniciativa Liberal: legislativas de 2019 e 2022, além das europeias de 2024. Em entrevista à TSF, na convenção do partido, sente-se como “uma das figuras notórias da IL”, mas recusa o rótulo de “principal rosto”, apesar dos bons resultados eleitorais quando dá a cara. A IL elegeu dois eurodeputados, Cotrim de Figueiredo era o cabeça de lista, e reconhece que “a oposição e a concorrência não era por aí além”.
Questionado se se refere a Tânger Correia, candidato do Chega, João Cotrim de Figueiredo admite que fala “de todos” os opositores, passando também por Sebastião Bugalho ou os candidatos à esquerda.
João Cotrim de Figueiredo deixou o lugar de presidente em janeiro de 2023, sucedendo-lhe Rui Rocha, e não se vê a “voltar a um lugar onde já foi feliz”. Responde com um redondo “não” quando a pergunta se centra num possível regresso à liderança IL, até porque não acredita em “sucessivas derrotas” de Rui Rocha num futuro próximo.
“Tivemos bons resultados nessa altura, mas não acredito em voltar porque a história não se repete”, atirou, na entrevista à TSF.
Há poucas semanas, João Cotrim de Figueiredo apresentou uma candidatura à liderança da família política dos liberais no Parlamento Europeu, mas retirou-a pouco depois. Não se tratou de “ambição a mais”, até porque “não era algo que desejasse, simplesmente aconteceu”.
“Foi uma aprendizagem rápida de que a direção da Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa não tem força política para levar atrás de si as vontades do partido”, acrescentou. Entende, no entanto, que não ficou com a imagem afetada, “pelo contrário”.